segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Devaneio bonito

o riso é o predicado da tristeza, a companhia é
a véspera da solidão; enquanto a
garrafa é a resposta que dispensa todas as
perguntas, o verso é
o manifesto da insatisfação. à
garrafa que me enche e esvazia, à boca que vomita e me
cala, ao coração que persiste em
pulsar, aos olhos que nunca olharam os 
teus olhos; ao acaso,
esperança, compatibilidade, semelhança,
pieguice, espontaneidade, ao intangível e bonito devaneio e
à ilusão: escrevo em
vão.

acordei com gosto de ontem na
boca, abri a janela e vi o sol
se por.

3 comentários:

  1. Eu sei que é um tanto inútil eu deixar algumas palavras aqui, mas cara, eu nunca te compreendi tanto como agora. Cada vez mais eu me sinto próximo de ti em meio ao abismo que nos separa.

    ResponderExcluir
  2. Imagino como seria esse poema lido em voz alta. Catarse.

    ResponderExcluir