seguir no
constante tornar-se sem ser, na insaciabilidade de
perpetuamente desejar sem jamais se
satisfazer, na subverção de presentes
contínuos em
passados
desperdiçados, na finitude e na banalidade, na futilidade e na
constante busca utópica
pela felicidade perpétua, ilusória e
inalcançável. o ser precisa querer, mas o ser jamais quer o
que precisa. o ser quer sentido. o ser quer essência. o
ser quer plenitude.
o ser é demasiado
humano
e segue superestimando seus teres e haveres,
bem como seus comos e porquês, problemas e
soluções; perdas, amores,
doenças, heróis, vilões e paixões. o ser superestima sua própria
existência que afinal é tão
vã
quanto tudo é: pois tudo que
foi
não mais é, e
tudo que
é,
imediatamente, já
foi.
...O ser tem
esperança
na
ventura do
porvir.